30ª Bienal de Arte de São Paulo " A Iminência das Poéticas"


De acordo com os curadores da 30ª Bienal de São Paulo “A Iminência das Poéticas” esta não possui um tema e sim um motivo.
Esse motivo é o ponto de largada para as perguntas sobre o hoje e o como esta arte contemporânea se apresenta ou funciona na iminência em um mundo imprevisível de acontecimentos que não se podem aferir ou mesmo prever o por vir.
É a iminência no sentido do que está pronto para acontecer e a poética como maneira desta arte iminente se mostrar ao ser realizada por artistas expositores e sua visão de arte e mundo.
Essa  poética de cada um, o modo de comunicar por meio da arte e códigos não verbais possibilita o entendimento de mundo, pois arte é comunicação e todos podem tem acesso a ela quando frequenta o local onde ela se manifesta.
Um dos aspectos da 30ª Bienal de Arte de São Paulo, "A Iminência das Poéticas" é criar experiências de diálogos, de percepções entre obras com o espectador, além de mostrar que um dos pontos desta exposição está ligado à questão da memória e não da nostalgia.
Vinte e um artistas brasileiros e noventa estrangeiros que têm suas obras expostas firmam a discussão com perguntas sobre as práticas artísticas de hoje e não de respostas de como a arte se manifesta ou dialoga com o público.
A exposição é dividida em quatro motivos: Sobrevivências, Alterformas, Derivas e Vozes além de um motivo transversal Reverso com obras expostas em outros locais como Casa Modernista, Capela do Morumbi, Casa do Bandeirante e MAB-FAAP.
Obras de Artur Bispo do Rosário também estão expostas. Obras estas confeccionadas com objetos recolhidos do lixo e reutilizados como maneira de registrar a vida cotidiana da sociedade da metade do século XX. Nestas obras  que se percebem conceitos de van guarda artística dos anos 60. Esse artista teve uma vida controversa pois foi internado em manicômio, entretanto percebe-se a sua poética quando por ordem de Deus ele deveria recolher todos os objetos do mundo classificá-los e guardá-los. Para isso realizou bordados de estandartes, faixas de mísses e objetos domésticos. A sua obra mais conhecida é o Manto da Apresentação que ele deveria usar no dia do seu julgamento final. 
Para tanto é preciso compreender a arte contemporânea como expressão e poética do artista atual assim como entender que na arte contemporânea não existe um faz tudismo e sim um trabalho pensado e pesquisado além de entender arte como conhecimento e não como subsídio de disciplinas de diferentes áreas de conhecimento.

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